segunda-feira, 30 de abril de 2012

Não sentimos falta de algo até experimentarmos


O menino, perdido no imenso corredor do hipermercado, admirava a prateleira com geleias. Ficou alguns minutos ali, diante dos vidros coloridos.  Até que escolheu um e se aproximou de uma senhora, no outro corredor, que examinava o preço do sabão em pó.
__ Mãe, vamos comprar isso?  Pede o menino, mostrando o produto.
__ Não. Respondeu a mulher sem tirar o olho do sabão em pó.
__ Por quê?
__ Porque não!
__ Mas eu nunca comi isso.
__ Por isso mesmo. Se você nunca comeu, você não sabe se é bom ou ruim. Então, melhor não experimentar e continuar sem saber.
O menino voltou cabisbaixo e devolveu a mercadoria sem questionar mais.
Eu, que fazia minha compra rotineira, parei um momento e fiquei olhando para aquela criança. Não sei quando ele vai descobrir que gosto tem a geleia que queria experimentar. Talvez nem goste! Mas o fato é que a resposta da mãe me fez refletir. Não sentimos falta de algo até experimentarmos. Depois, o supérfluo acaba virando necessidade básica. 

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