Depois de ver os absurdos que os brasileiros andam
publicando nas redes sociais, o dono do Facebook , Mark Gutenberg, decidiu
aplicar uma espécie de avaliação aos usuários dessa rede. Assim que se
acalmarem os protestos no Brasil, segundo ele, os usuários serão observados
durante um mês para constatação se estão ou não aptos a usar o Facebook. Ele
disse que agora, no calor dos ânimos, seria injustiça fazer isso, pois muita
gente seria reprovada e ele não quer perder tantos usuários.
Os avaliadores verificarão se durante esse período o usuário
cometeu alguma das seguintes gafes:
- Postar notícias fake
de sites humorísticos e comentar como se fosse verdade;
- Postar notícias ou fotos de mais de dois anos como se
fosse recente e distorcer os fatos;
- Compartilhar frases idiotas assinadas por Fernando Pessoa,
Clarice Lispector, entre outros escritores falecidos, ou ainda vivos, mas que
não fazem a menor ideia de quem escreveu aquilo;
- Compartilhar posts assinadas por apresentadores de TV,
colunistas de jornalecos conservadores, políticos famosos... que “qualquer um
percebe” que eles jamais teriam dito aquilo;
- Compartilhar e defender a opinião de grupos preconceituosos
e reacionários sem se dar conta da manipulação.
A lista contempla outros itens que Mark não quis divulgar.
Ele disse que a equipe ainda está formulando a avaliação e que novos itens
podem ser acrescentados. Mark afirmou que por enquanto não vai avaliar os
grotescos erros de português porque isso não é o pior dos males. Ele citou a
frase do poeta nordestino conhecido por Patativa do Assaré “ é melhor escrever
errado a coisa certa do que escrever certo a coisa errada” (fez questão de frisar
que pesquisou em sites confiáveis pra se certificar de que a frase é desse
autor mesmo).
A adolescente de 17 anos, Inocência Winchester da Silva, que
costuma compartilhar tudo o que vê e só lê o título das notícias, não concorda
com a medida. “Esse cara é um babaca. Se ele excluir minha conta eu volto pro
Orkut e ele vai ficar pobre”, ameaça a garota.
Já o pesquisador da área de Engenharia Civil do Instituto
Brasileiro de Pesquisa Superior Aplicada, Professor Doutor Armando Pontes, concorda com Mark mas disse que está com medo
de ter sua conta excluída, pois ele também compartilha coisas sem ter certeza
se é verdade. “Sabe como é né, nessa correria que a gente vive, pressionados
pelo CNPq, muitas vezes não dá tempo de verificar a fonte da notícia (já basta
ter que ficar correndo atrás das fontes das pesquisas) e quando eu concordo com
o título, acabo compartilhando”, argumenta.
A estudante de Paisagismo, Margarida Aquino
Jardim, também concorda com a medida, embora ela admita que tenha de mudar seu
comportamento nas redes sociais. “Eu não costumo compartilhar nada que eu não
saiba se realmente é verdade, mas costumo desabafar e, muitas vezes, criticar as
pessoas que fazem isso, o que também não é um comportamento adequado”.Obs. Só para esclarecer, caso alguém não tenha percebido, essa é uma notícia fake.
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