Lembram do
Joãozinho? Sim, aquele menino levado que vivia atentando a professora no
primário. Então, ele cresceu. Cresceu e virou universitário (para espanto de
alguns que não acreditavam que ele chegaria lá), mas continua levado.
Como
Joãozinho, além de levado, é preguiçoso, ele tem muitas DPs. Não se sabe se é
por preguiça de estudar ou é porque ele inferniza tanto a vida dos professores
que eles o reprovam de propósito.
Por causa das DPs, seu tempo para o almoço é curto e a fila do Restaurante Universitário, chamado carinhosamente de RU, vinha incomodando Joãozinho nos últimos dias. Ele precisava fazer algo para diminuir aquela fila gigante.
Por causa das DPs, seu tempo para o almoço é curto e a fila do Restaurante Universitário, chamado carinhosamente de RU, vinha incomodando Joãozinho nos últimos dias. Ele precisava fazer algo para diminuir aquela fila gigante.
Pensou,
inicialmente, em organizar um motim para tirar os professores de lá. Afinal,
dizia ele, professor ganha e bem e não precisar comer no RU, ocupando o lugar
dos alunos na fila. Mas ele fez os cálculos e percebeu que mesmo se os
professores parassem de freqüentar o RU a fila não diminuiria.
No entanto,
alguma coisa ele deveria fazer. Teve uma ideia não muito original, mas que
poderia funcionar. Procurou em sua casa uma barata. Encontrou uma bem
pequenininha. Na verdade, não era exatamente uma barata. Era, talvez, uma prima
distante. Uma criatura menos evoluída da família Blattidae. Mas servia. Não que fosse difícil encontrar uma barata
maior na bagunça da sua casa. Aliás, como a mamãe fazia falta! A casa estava
uma zona. Aprendeu a duras penas que morar longe de casa não é tão simples como
imaginava.
Teve o cuidado de matar o inseto sem esmagá-lo. Enrolou-o num
guardanapo e colocou na mochila. Seria simples: na hora do almoço,
disfarçadamente, colocaria o bichinho no prato e espalharia a notícia de que
tinha uma barata na comida. No dia seguinte, certamente, a fila estaria bem
menor e ele poderia almoçar tranquilo.
Chegou a hora do almoço. Nem precisou colocar o inseto no prato.
Segurou-o no guardanapo e chamou os amigos para mostrá-lo, dizendo que tinha
acabado de tirá-lo do meio da carne. Apesar de a baratinha estar inteirinha e
sem nada de molho, eles acreditaram que ela realmente tinha saído do meio da
carne cozida do prato de Joãozinho. Tiraram fotos e postaram nas redes sociais.
Imediatamente a baratinha estava famosa. Ela ficou tão famosa que virou notícia
em rede nacional. Nos dias seguintes, além dos clientes de sempre, o RU recebeu
muitos curiosos procurando encontrar mais baratinhas para fotografar e
compartilhar. Alguns, mais espertinhos, começaram a trazer rinocerontes,
dromedários, dinossauros... mas nenhum fez tanto sucesso quanto à baratinha. O
inseto atraiu até a atenção de pesquisadores internacionais que, entre outras constatações,
descobriram que a baratinha era, na verdade, uma traça.
A fila do RU aumentou e Joãozinho não atingiu
seu objetivo. Ele ainda teve de aguentar a gozação dos alunos depois que todas
as evidências mostraram que a “barata” tinha vindo da sua própria casa.
Fazer uma acusação como esta, sem 'colocar a mão no fogo'... além de ser imoral, qualquer um faz.
ResponderExcluiré tão bom rotular que fica fácil, ajuda a argumentar quando dizemos que quem fez não valia nada, se ganha mais credibilidade não é mesmo?
ResponderExcluirsó pra constar, o cara que encontrou a baratinha, já foi monitor, e se eu não me engano o processo que seleciona os monitores é concorrência pelo coeficiente, ou seja Joãozinho que na verdade é Eduardo Mesquita não é um aluno cheio de DPS. Falar da vida de alguém é direito apenas de quem paga as contas desta!
sobre a BARATINHA, ele á encontrou no molho de carne pego tirou e colocou num guardanapo, o pessoal que estava com ele é testemunha, apos isso ele continuou a comer (pagando R$ 3,05 era de se esperar que menos hora algo parecido ia acontecer) quem tirou a foto da baratinha ou a porra do inseto nem foi ele, a menina que estava com ele!
cuidado ao julgar os outros, pois será julgada pelos mesmos critérios! e quando for falar algo em domínio publico tenha certeza antes de sair acusando pois qualquer hora desta um Joãozinho da vida pode processar Mariazinha!
Unknown, vc está dizendo que Joãozinho é Eduardo Mesquita, o autor do texto não diz isso. Eu não conheço o aluno chamado Eduardo Mesquita, mas pelo que as pessoas falam ele não tem nada a ver com Joãozinho, o personagem da história. Tenho amigas que se parecem com Capitu, Madame Bovary e outras personagens famosas da Literatura. Mas definitivamente Joãozinho não é parecido com Eduardo Mesquita. A única coisa que eles têm em comum é que os dois encontraram um inseto na comida do RU (e também não se sabe se é o mesmo RU). Só para complementar, estou adorando esta discussão literária dentro de uma instituição predominantemente de cursos de engenharia. Isso vai me render um bom trabalho na minha disciplina do mestrado "Práticas Literárias no Ciberespaço". :)
Excluirnão sei por que não apareceu meu nome, mas deixa bem claro que escrevi, pois estaria fazendo o mesmo que quem publicou isso!
ResponderExcluirhauhauhauhauah... nossa Elenice!! A sua crônica bombou heim?!!? As pessoas, definitivamente, não se interessam por literatura! Não sabem ao menos o que significa uma crônica!! Também acho que você deve aproveitar isso no seu mestrado, vai dar uma boa análise! Dá para usar várias teorias da Análise do Discurso!!
ResponderExcluirQuando eu fiz graduação e mestrado na UEM, eu conheci vários Joaozinhos lá... e várias baratinhas também!
Pri, to achando isso tudo muito engraçado, e ao mesmo tempo fico triste com a falta de conhecimento desse povo! Falaram até que o Joãozinho vai me processar. Já pensou a Capitu processando Machado de Assis? kkkkkkk
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