terça-feira, 23 de novembro de 2010

Eufemismo

Para quem não se lembra das aulinhas de português lá da oitava serie, eufemismos são expressões que usamos quando queremos evitar que alguém chore, evitar uma briga, evitar sermos chamados de chatos, ou as três coisas ao mesmo tempo. Resumindo, eufemismos são essenciais para uma boa convivência em sociedade.
Lembrei dessa expressão hoje quando estava analisando o caso de um colega de trabalho que foi transferido de setor há algum tempo. “Eles precisam de você lá”, foi o que o chefe disse. Mas na verdade ele queria dizer “eu não aguento mais você aqui”.
Nosso dia-a-dia está repleto de eufemismos. Porém tem alguns que já são clássicos (além daquelas mil e quinhentas expressões inventadas para dizer que alguém morreu). Por exemplo: quando o médico olha pra você e diz “o estado de saúde da sua mãe é delicado”, você já sabe que ele esta dizendo “a velha ta malzona”. Há também aquela cena tradicional, quando você está na loja e a moça do caixa devolve o seu cartão de crédito dizendo “a transação não foi aceita”, ou seja, “você se fudeu, seu limite estourou”. Quem nunca ouviu de um professor “seu trabalho está bom, só precisa fazer algumas alterações”? Mas quando você olha, o trabalho está rabiscado inteirinho. Tradução: “seu trabalho está horrível, refaça essa merda!”.
Ps. I – Enviem comentários com exemplo de eufemismos, aposto que todo mundo tem um.
Ps. II - Alunos das oitavas séries, não levem tão a sério estas regras, a gramática explica de outro jeito.

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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Papai Noel não existe!?

Hoje, ao chegar em casa, deparei-me com uma cena estranha: uma cesta enfeitada com umas bolachinhas e um copo de leite no chão, do lado da minha cama.
__O que significa isso Vitor?
__ A cesta é para colocar o presente de Natal, mãe.
Estava achando cada vez mais estranho. Será que meu filho está confundindo o Papai Noel com o coelhinho da Páscoa? Ou será que ele pensa que o papai Noel vai surgir misteriosamente debaixo da minha cama para tomar leitinho com bolacha?
__Hum...  Mas o Natal é só no dia 25 de dezembro.
__Claro que não, mãe. O Natal já começou faz tempo. Dia 25 é o ultimo dia.
Então ta né, pensei.
__Mas o leite vai azedar se o Papai Noel não vier hoje.
__Eu sei mãe. Esse leite é para você. Papai Noel não existe.
Fiquei sem saber o que dizer. Mais um daqueles momentos em que os pais ficam perdidos.  Por que ele foi assim tão cruel comigo?! É tão mágico acreditar que existe um velhinho gorducho com barba branca e roupa vermelha, que voa num trenó iluminado com seis (ou quatro?) renas, que entra milagrosamente pela chaminé das casas enquanto a neve cai lá fora, na noite do dia 24 de dezembro, e deixa presentes para todos embaixo de uma linda árvore de Natal , enquanto a família feliz prepara a ceia e depois assiste a apresentação do coral, formado por crianças usando túnicas e gorrinhos vermelhos na cabeça, que canta I Wish you a Merry Christmas...
Mas, subitamente me lembrei que na minha casa não tem chaminé. Então por onde ele vai entrar? Ah, também não neva aqui em dezembro! Que triste, então possivelmente ele não vai estar usando aquelas roupas quentes e nem eu poderei usar aquele casaco chique que me imaginei vestindo na cena da família feliz?!
Para acabar com os meus sonhos, meu filho mais velho tragicamente me lembra de outro detalhe:
__ Mãe, você acha mesmo que se Papai Noel existisse haveria tanta criança pobre sem receber presente no Natal?
__É verdade, filho. Só não conta pro seu pai não, tá.
Maldita coca-cola! Maldita holywood. Maldita globalização do Natal. Era tão bom quando eu era criança e morava no sítio e íamos à igreja na noite do dia 24 de dezembro para ver a apresentação do teatro do nascimento do menino Jesus e no dia seguinte comíamos bolo com Ki Suco. 
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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Tempo

Há dias minha irmã vem perguntando por que não atualizo meu blog. A resposta é simples: falta de tempo. Escrever não é como lavar a louça. Embora às vezes também não atualizo minha louça. Aliás, eu e o tempo,  o tempo e eu... nós não estamos nos entendendo muito bem ultimamente. Ele insiste em fugir de mim. Escapar pelos vãos das teclas do meu notebook (gostei dessa metáfora).
Mas hoje me deu vontade de escrever (isso acontece sempre que estou carente). Fiquei com vontade de chorar às pitangas e xingar os homens até. Mas não vou fazer isso. Porque esses cachorros, sem-vergonhas, desgraçados, não merecem que percamos tempo falando mal deles, mesmo quando eles nos cobram demais e reclamam que não temos tempo pra eles. Se para alguns tempo é dinheiro, para outros tempo é sexo. Como estou sem tempo...
Fim de relacionamento para a mulher é bem pior que TPM. Coitados dos amigos e da família. Até o cachorro sofre. Mas meus leitores não merecem ouvir meus lamentos. Eles são poucos, mas eu os respeito.
Estou com vontade de falar um monte de palavrão, mas não quero perder minha fama de politicamente correta. Levei tanto tempo para conquistar essa merda,  não vou foder com ela agora né, porra!  
Enfim, não vou escrever muito porque estou sem tempo, preciso dormir. Aliás, essa foi a frase-motivo-da-discórdia. E agora, como estou sem namorado, talvez tenha mais tempo para escrever. 
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